quarta-feira, 29 de maio de 2013

Religião & etc: Droga do fundamentalismo


Por Joaozinho Wolff

Talvez você não saiba, mas os antigos egípcios usavam alucinógenos à base de lótus em suas cerimônias. Por cerca de 3000 anos eles usaram. Hoje essa droga está proibida e tem gente viciada nela.

Os índios andinos costumam mascar coca. Folhas de coca. Nenhum é viciado nisso. Depuramos a coca e comercializamos um potente tóxico - em nossa sociedade.

Canabis é originária do Afeganistão - alho, cebola, papoula também! A Canabis foi primeiramente proibida nos EUA por políticos financiados por lobistas do naylon. Eles queriam acabar com o uso da fibra de cânhamo. Marginalizaram a planta e os usuários dela. Acabaram gerando seu mercado negro, q selecionou as plantas com maiores teores de canabióides e hoje temos essas variedades bastante fortes. Pouca gente sabe (ou compreende isso) mas o canabiol não causa dependência química, como a morfina, a cocaína ou a nicotina. Mas causa, sim, a dependência psicológica.

O ecxtasy foi desenvolvido com finalidades terapêuticas - e chegou a ser eficazmente utilizado pela clínica psiquiátrica. Passou a ser utilizado de forma recreativa e incauta. Claro, também acabou proibido. Curiosamente também não causa dependência química mas, sim, psicológica.

É crescente o uso recreativo da ayuasca. As tribos de onde ela é originária fazem uso ponderado e eu nunca ouvi falar de um índio viciado nela. Mas já ouvi falar de playboy viciado em ayuasca.


O ponto onde quero chegar: fico com a impressão de que é o moralismo de nossa sociedade que cria pessoas viciadas. É o moralismo que não permite o uso ponderado (e moderado) de substâncias psicoativas. O moralismo fundamentalista religioso ganha traços de crueldade, porque - através da lavagem cerebral - manipula histericamente um pequeno grupo de pessoas contra o resto todo da sociedade, segmentando-a e impedindo a possibilidade de diálogo e amadurecimento de ideias. 

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