Isaque Lima está entre um grande numero de jovens empreendedores que resolveram investir no público LGBT. Professor de inglês fundou um curso voltado para o público LGBT e nesse bate papo ele conta um pouco sobre o curso, temas ligados a homofobia, preconceito e fundamentalismo.
Como
surgiu a idéia de montar um curso de ingles voltado para o público LGBT ?
R: Surgiu após eu dar muitas aulas
e ver que os alunos e alunas gostavam muito de coisas diversas, eles tinham
perguntas que eram confidenciadas a mim, no cantinho...fui vendo que este
púbico precisava se sentir a vontade nas aulas. Após essa abertura, tive muito mais
alunas e alunos, inclusive algumas alunas travestis que se sentiram bem a
vontade de perguntar o que realmente queriam saber. Não só as travestis, mas os
profissionais da noite, tanto meninos quanto meninas.
O
curso é exclusivo para os LGBT ou você também tem alunos héteros ?
R: O curso inicialmente foi
pensando nos LGBTs, mas os héteros também gostaram da levada mais tranquila. Uma
maneira EASY de darmos aulas. Hoje nosso púbico é totalmente misto e
heterogêneo.
Qual
a maior dificuldade que você consegue detectar em trabalhar com o publico LGBT
?
R: A exigência e os detalhes, o que
nos leva ao aprendizado diário! Temos que prezar por cada detalhes, e estar
antenado com tudo de mais novo acontecendo!
Porque você acha importante existir empresas que oferecem um serviço
diferencial para o público LGBT ?
R: Por entender que
não é somente tratar como nicho de mercado, mas atender a necessidade do
cliente, sabendo o que ele realmente precisa. E estar disposto a ouvir e ter o
serviço que o cliente realmente necessita e esta disposto a pagar.
Como você vê o avanço do fundamentalismo no Brasil ? Você já foi vítima de
preconceito ?
R: Está mais que na hora, na
verdade está passando da hora já, das minorias mostrarem que não são minorias.
Os fundamentalistas de alguma forma se organizaram, e as minorias? Falo de
voto, de estar ocupando os mesmos lugares dos fundamentalistas. Fui vitima
dentro da família mesmo, quando deixei de ser padrinho do casamento de um
familiar por ter saído em um jornal de circulação estadual falando da abertura
da primeira Igreja Inclusiva no Brasil.
Você é a favor das paradas gays como elas são ?
R: Há muita critica a este modelo
de carnavalização, mas penso que os críticos, ao invés de somente criticar,
devem estar lá mostrando como se deve fazer. Infelizmente não há um discurso
coeso entre os LGBTs.
Qual
seria a melhor maneira de responder os evangélicos fundamentalistas ?
R: Que pergunta difícil, mas penso
que seria com muita paciência e amor no coração! E somente para aqueles que
realmente estão dispostos e abertos a um diálogo...
Sua formação familiar cristã em algum momento
te causou problemas para se aceitar ?
R: Sim, foi um processo demorado e
doloroso. Até o entendimento que se Deus me fez assim, é dessa maneira que
devemos nos amar. E ELE viu que era bom!
Qual
seria a mensagem que se você pudesse enviaria a todos os habitantes da terra ?
R: Eu pensei em falar “World Peace”
(paz mundial – o que todas as misses falavam), mas penso que deva ser: Seja
Respeitoso! Pense, e se fosse com você?
Para maiores informações: https://www.facebook.com/English-as-You/
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